Olivero Toscani, famoso pelo seu trabalho com a Benetton, morreu aos 82 anos. As campanhas publicitárias chocantes do fotógrafo italiano tornaram-se icónicas e provocaram controvérsia nas últimas décadas.
Olivero Toscani, o fotógrafo italiano conhecido pelas suas campanhas publicitárias controversas para a marca de roupa Benetton , morreu aos 82 anos após uma doença prolongada. A notícia foi divulgada pela família nas redes sociais. Toscani tinha sido internado no hospital de Cecina, na Toscana, na sexta-feira, em estado grave. Ele sofria de uma doença rara e incurável que cria depósitos de proteínas insolúveis nos tecidos.
Nascido a 28 de fevereiro de 1942 em Milão, Toscani ficou conhecido na década de 1980 como diretor criativo da Benetton. As suas campanhas publicitárias, que incluíam imagens chocantes de pessoas a morrer de Sida ou de soldados mortos na Bósnia, geraram muita controvérsia, mas também ajudaram a popularizar a marca 'United Colors of Benetton'. Uma das campanhas mais polémicas foi a que incluía imagens de prisioneiros americanos no corredor da morte. Toscani entrevistou e fotografou 26 prisioneiros que aguardavam a execução nas prisões americanas. Em 2017, Toscani voltou a trabalhar para a Benetton numa tentativa de revigorar a marca. A colaboração terminou três anos mais tarde após comentários de Toscani que minimizavam o desastre da queda da ponte Morandi em 2018, que matou 43 pessoas. A ponte em Génova era operada por uma unidade do grupo de infraestruturas Atlantia, controlado pela família Benetton. Toscani sempre insistiu que não era um artista, mas sim um fotógrafo que usava imagens para levantar questões sociais. 'Uma fotografia torna-se arte quando provoca uma reação, seja ela de interesse, curiosidade ou atenção', disse ele
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