João Oliveira é internista em Lisboa e já fez mais de 600 horas extraordinárias até fim de setembro. Sandra Hilário é cirurgiã em Leiria e já vai em mais de 400. Assumem viver em estado de exaustão, apesar de a medicina ser uma paixão e o SNS uma missão. Na semana em que o ministro aceitou voltar a negociar com os sindicatos, ambos dizem que 'é hora do basta', porque não se vê 'luz ao fundo do túnel'.
O número de horas que João Oliveira já cumpriu como médico especialista em Medicina Interna, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, e que Sandra Hilário, médica especialista em cirurgia geral, cumpriu no Hospital de Leiria, ultrapassa as mil horas extraordinárias. João confessa que as horas que fez até final de setembro eram, normalmente, as que fazia durante um ano inteiro.
João tem 42 anos e escolheu Medicina Interna porque era mesmo o que queria."No meu tempo era preciso ter boa nota para conseguir ficar no serviço em que estou, no Hospital dos Capuchos. Hoje temos de andar a pedir aos colegas para não se irem embora". , mas explica:"Não quer dizer que estes colegas também não façam muitas horas extras. Todos os do meu serviço fazem. Todos têm colaborado sempre, mas fazendo-nos repensar, a nós, mais velhos, que o esforço que fizemos durante anos era um exagero e nem sequer saudável."
Conta mesmo que ela própria nem é das que já tem mais horas extras, além das 150 previstas na lei."Eu completei as 150 horas no início de abril, mas neste momento tenho, pelo menos, dois colegas que já fizeram, cada um, mais de 500 horas. Se cada um tivesse deixado de fazer horas extraordinárias quando completámos as 150, não sei o que seria do meu serviço, dos utentes e do SNS".
João Oliveira fala com o DN ao volante do seu carro e no único fim de tarde em que consegue ir buscar as duas filhas, de cinco anos e de três, à escola. Era o único tempo em que o poderia fazer, porque o restante estava cronometrado entre hospital, urgência e casa.
E continua:"Tirando esta última leva de internos que se tornaram assistentes hospitalares a grande maioria dos que saíram do SNS eram mulheres em idade fértil, engravidaram e perceberam que não queiram esta vida com filhos". No seu caso, confessa:
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