Jovens adultos, adolescentes, crianças e até bebés. Familias, muitas - várias numerosas. Conversas cruzadas e encontros de conhecidos. Sem números certos, a Federação Portuguesa pela Vida acredita que terá conseguido juntar “durante o intervalo da hora de almoço” cerca de três mil pessoas numa concentração junto ao Parlamento. “A vida é um combate, aceita-o”, “Cuidar é uma prova de amor ao outro” e “Quem ama ou se sente amado, nunca pede para morrer” eram algumas das frases de protesto impressas nos cartazes que ergueram momentos antes de a despenalização da eutanásia ser votada e aprovada pelos deputados. A energia do começo da tarde iria esmorecer horas depois
“Mãe, está ali a tia.” O miúdo de óculos azuis e vermelhos corre e, ao aproximar-se de Inês, abranda. O alerta é dado ainda ofegante. Estica o braço e aponta para uma mulher do outro lado da Rua de São Bento, em Lisboa. “Ali”, insiste ele mais uma vez. Os olhares das duas encontram-se e cumprimentam-se à distância. “Anda”, insiste o rapaz que não tem mais de 13 anos.
São os mais velhos dos mais novos que, junto ao ponto de entrada na concentração, vão interpelando quem chega. “Já assinou a petição, professor?”. São pelo menos dez os que andam de folhas na mão e caneta pronta.
Salvador aproxima-se. A sua altura não vai além da cintura de Miguel. “Não é ele muito novo para compreender o que é a eutanásia?”, questionamos. “Há pequenas nuances que sim, mas de forma geral ele percebe o que está em causa”, refere Miguel. E Joana dá um exemplo: “ainda há pouco tempo um colega de escola dele teve cancro. Correu tudo bem, mas os colegas todos foram chamados a ajudá-lo e a apoiá-lo. Mandaram-lhe postais, por exemplo.
Quando a família Mendes se manifestou pela primeira vez contra a eutanásia, apenas a filha mais velha acompanhou os pais. Desta vez, os mais novos insistiram. “Eles tinham uma tal convicção que achei que não os podia limitar e se eles querem lutar pelo amor, porque não deixá-los vir?”, justifica Fernanda Maria.A organização anuncia o fim da concentração.
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