Lisboa: Na Escola Teixeira de Pascoaes, os contentores duram, duram, duram...
“Tudo o que podia correr mal tem efectivamente corrido mal”, desabafa Rui Lopes, professor coordenador da escola, no gabinete que simultaneamente é biblioteca escolar e armazém. É assim desde o princípio de 2016, quando se anunciou que a Teixeira de Pascoaes ia finalmente ter as tão necessárias obras de requalificação. Metade da escola foi fechada e os alunos passaram a ter aulas em contentores instalados no recreio.
Depois de rescindir o contrato com o anterior empreiteiro, a câmara avaliou o estado dos trabalhos e fez uma revisão de projecto. Manuel Salgado, vereador do Urbanismo, aponta o recomeço das obras para Novembro, mas na comunidade escolar ninguém acredita. “Em Novembro é pura e simplesmente impossível”, diz Rui Lopes, lembrando o tempo que demora a concluir-se um concurso público – que ainda nem foi lançado.
“Temos tentado ser positivos e vamos continuar”, diz Rui Coelho da Silva. Nos últimos anos, a associação de pais encarregou-se das actividades extracurriculares e da componente de apoio à família , tendo obtido um reconhecimento generalizado de pais e alunos. Os encarregados de educação consideram agora que é chegado o tempo de fazer mais.
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