'Obsessão pela nacionalização, inabilidade política e má gestão' são algumas das críticas que o ex-acionista da TAP faz ao governo socialista que acusa de ter forçado a saída dos privados do capital da companhia em 2020. Neeleman garante que a TAP precisaria apenas de 300 milhões de euros e não de 3,2 mil milhões de euros para sobreviver.
"A administração estimou que iria precisar de um apoio imediato de entre 300 milhões e 500 milhões, mas o Estado Português decidiu desde logo que tinham de ser 3.000 milhões de euros e que tinham de entrar como capital, ou seja, ou acompanhávamos esse aumento de capital na metade que nos correspondia, ou veríamos a nossa posição de acionista diluída. Este não era um pedido sério e foi claramente hostil", refere.
"As estimativas da nossa equipa de gestão na altura eram de que o apoio que seria necessário era muito inferior aos EUR 3,2 mil milhões injetados.
"A equipa de gestão da TAP identificou múltiplos mecanismos de apoio que permitiriam ao Estado apoiar a companhia, sem necessidade de intervenção de terceiros, desde logo por indemnizações e restituições que eram devidas à TAP . Nada os demoveu. A TAP pública era a única solução que o Governo admitia e tudo fez para que não houvesse outro caminho.
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