No seu novo livro, A Era dos Muros, o jornalista britânico Tim Marshall fala sobre as divisões que crescem um pouco por todo o mundo. Trabalhou em mais de 40 países, foi editor de diplomacia da Sky News e passou também pela BBC. Entrevista exclusiva ao DN.
Neste ano o mundo vai celebrar o 30.º aniversário da queda do Muro de Berlim. Trinta anos depois, em vez de uma mentalidade"é preciso quebrar os muros" temos uma"mentalidade fortaleza". Em vez de uma Europa unida temos uma Europa desunida. Como é que se chegou a isto?
1989 marcou, de facto, o fim de uma era e o início dos anos do pós-comunismo. Porém, a queda do Muro coincidiu com - e contribuiu para - uma aceleração da globalização e da tecnologia. Estávamos deslumbrados com a nova unidade da nossa casa comum europeia. Na América, um académico proclamou"o fim da história". Mas a história tinha outros planos. O nacionalismo nunca desapareceu. Foi apenas abafado.
Metade das barreiras erguidas desde a II Guerra Mundial foram erguidas nos últimos 18 anos. Que padrões estão a ser repetidos? Que lições não aprenderam os europeus? Em 1945 a Europa aprendeu as lições não só da II Guerra Mundial, mas também dos últimos mil anos. A resposta foi a UE. Porém, há um limite para a memória e a memória da guerra desvanece-se, é cada vez mais difícil defender a necessidade de"uma União cada vez mais estreita". A somar a isso, como referi, quando os eleitorados e os Estados se sentem ansiosos constroem muros.
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