Um artigo de opinião analisa o vídeo do Mark Zuckerberg para o Facebook, a postura do multimilionário e a sua influência na política mundial, comparando-o com Elon Musk.
O jornal El País desmonta o vídeo usado por Mark Zuckerberg para abrir uma via verde às notícias falsas no Facebook . O jornalista Guillermo Alonso destaca o que classifica como “uma calculada proposta estética”: o multimilionário da Meta apresenta-se de cabelo revolto, com uma camiseta.
900 mil euros foi quanto os partidos gastaram na última campanha regional do Açores e foi quanto a Comissão Europeia reuniu na ajuda humanitária de emergência a Moçambique aquando do ciclone Chido e foi quanto atingiu, há tempos, num leilão, a licitação do anel de noivado com um diamante e uma safira que Napoleão ofereceu a Josefina. Zuckerberg não tem o poder de compra de Elon Musk, mas tem cabedal bastante para tomar mais do que o pulso à redefinição da política mundial. Um relógio de 900 mil euros no pulso diz-nos que ele não cuida apenas da hora certa, mas que faz parte do grupo restrito que julga poder acertar-nos o passo. Um dos livros que ontem fomos chamados a ler ou a reler, “O Primo Basílio”, começa com a indicação precisa de que “tinham dado onze horas no cuco da sala de jantar”. Jorge espreguiça-se na velha poltrona de marroquim escuro, boceja e pergunta: “Tu não te vais vestir, Luísa?” Zuckerberg não é engenheiro de minas, nem chamou “menina” ao primeiro ministro do Canadá, mas, tal como Musk, se lhe der para isso, pode andar com um relógio de sala no pulso e organizar uma coleta para comprar a Gronelândia e dar uma alegria ao amigo Trump cujas comissuras sopram de modo grosseiro na capa do Público, esta manhã, ai que medo. Está-se melhor na relojoaria Gomes da Merceana, se acertarmos as horas pela magnífica reportagem do jornal O Mirante. O relojoeiro da Merceana leva meio século a arranjar peças que podiam dar as horas num romance do Eça. Há na parede relógios de cuco com mais de cem anos. Numa mesinha o repórter viu uma máquina de lavar relógios com mais de setenta. “Já poucos fazem o que eu faço”, diz o relojoeiro da Merceana e essa afirmação não precisa de verificação. É um facto. Num dia bom, o senhor Gomes pode ganhar 140 euros com o arranjo de uma dessas relíquias. Quanto cobraria ele ao homem da Meta para lhe consertar o relógio de 900 mil euros
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