O líder do PCP, Paulo Raimundo, adiantou que 'os deputados comunistas marcarão posição, oposição e protesto não estando presentes' na sessão solene do 25 de Novembro, na Assembleia da República.
Os deputados do PCP vão faltar à sessão solene do 25 de Novembro no Parlamento, anunciou, esta terça-feira, o secretário-geral do partido, considerando que quem está a promover essa efeméride pretende “relançar a ofensiva contrarrevolucionária contra Abril”.
“Uma ampla operação em que se insere a sessão prevista na Assembleia da República, invocando o 25 de Novembro, no qual os deputados comunistas marcarão posição, oposição e protesto não estando presentes nessa mesma sessão”, anunciou Paulo Raimundo, perante os aplausos das dezenas de militantes que o ouviam.
“A revolução, e só a revolução de Abril, devolveu a democracia, a liberdade, a paz ao povo português, abriu caminho a um futuro de progresso, desenvolvimento e emancipação social que décadas de política de direita têm procurado cercear”, salientou. Raimundo acrescentou que as comemorações do 25 de Novembro “não serão comemorações do povo”, salientando que essas “são apenas as comemorações de Abril”, e interpretou a sua comemoração como sendo uma “provocação no ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril”.
“Que o processo revolucionário tenha, em menos de dois anos, produzido avanços que 48 anos de contrarrevolução ainda não conseguiram reverter na sua totalidade, é uma prova do alcance profundamente democrático da Revolução Portuguesa”, considerou, acrescentando que o projeto contrarrevolucionário ainda não foi concluído “porque houve resistência”.
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