O principal rosto da ala mais à esquerda do partido apareceu ao lado de Pedro Marques para defender um PS “honesto” e fiel aos seus princípios. Ana Catarina Mendes também foi a jogo e acenou com o fantasma de Passos
Um discurso para consumo interno? Se não foi, parecia. Parecia mesmo. O atual ministro das Infraestruturas, ex-pivô da ‘geringonça’ e putativo candidato à sucessão de António Costa, juntou-se à campanha de Pedro Marques para agitar as águas da caravana socialista.
As palavras de Pedro Nuno Santos ganham outra relevância à luz do que tem sido o presente e daquele que pode ser o futuro dos socialistas no pós-geringonça: entre os ziguezagues de António Costa e o desejo não escondido que muitos socialistas têm de se libertarem dos parceiros de esquerda , sobrará pouco mais do que a indefinição e a indiferenciação face ao que representa hoje a direita portuguesa e a direita europeia.
“Devemos perceber as razões que levam tantos trabalhadores a votar agora na extrema-direita. Não passaram a ser racistas ou xenófobos. Muito do movimento socialista europeu deixou de os representar, de falar para eles. Temos de perceber o que é que aconteceu”, alertou Pedro Nuno Santos. “É essa tensão construtiva e permanente, o conflito, a dicotomia, a diferença, que os socialistas querem levar ao coração da Europa”.
Para a líder operacional do PS, o regresso de Pedro Passos Coelho à vida política teve o lado “pedagógico” de provar que este é o “PSD de sempre”.
Por esta altura, já Ana Catarina Mendes tinha na mão os cerca de 300 militantes que encheram o auditório da Expo Aveiro. “Provámos que era possível fazer diferente em Portugal, podemos e queremos fazer diferente na Europa. É possível construir um caminho de sonho e de progresso”, defendeu a secretária-geral adjunta do PS.
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