Ao menos 22 pessoas morreram e 124 ficaram feridas em confrontos entre soldados israelitas e civis no sul do Líbano neste domingo. O conflito ocorreu no dia em que estava previsto o fim da presença militar israelita na região, após um acordo de cessar-fogo assinado com o Hezbollah.
Pelo menos 22 pessoas perderam a vida e 124 ficaram feridas, após soldados israelitas terem efetuado disparos no sul do Líbano , este domingo. O dia seria o fim da presença militar israelita na região, quando milhares de pessoas estavam a regressar às suas casas. Na sexta-feira, Israel tinha anunciado a prolongamento do prazo para a retirada do sul do Líbano , além do prazo estipulado pelo acordo negociado em Novembro.
Segundo as autoridades israelitas, o Líbano não cumpria as condições do acordo em relação à destruição das infraestruturas associadas ao Hezbollah. O governo libanês nega as acusações de Israel e exige que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, respete o acordo que pôs fim a um conflito que durou mais de um ano.Este domingo, milhares de pessoas começaram a regressar às suas casas abandonadas durante a ofensiva militar israelita no sul do Líbano, ignorando os avisos emitidos pelos exércitos dos dois países, bem como pelas Nações Unidas, de que não estavam reunidas as condições de segurança. As forças israelitas dispararam contra pessoas que entraram em zonas ainda sob ocupação, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, que informou que entre os 15 mortos há um soldado. As Forças de Defesa de Israel (IDF) revelaram apenas que foram disparados “tiros de aviso em várias áreas” do sul do Líbano, sem esclarecer se houve civis atingidos, e que foram feitas detenções de pessoas que representavam uma “ameaça iminente”.O conflito entre Israel e o Hezbollah decorreu em simultâneo com a ofensiva israelita na Faixa de Gaza, culminando com uma aterragem terrestre no sul do Líbano no início de Outubro do ano passado após meses de bombardeamentos e confrontos limitados ao longo da fronteira. A operação forçou mais de um milhão de pessoas a fugir das suas casas e deixou mais de quatro mil mortos. Israel conseguiu decapitar a hierarquia do Hezbollah e destruir muitas das suas instalações, mas o grupo não foi totalmente destruído como era o desejo de Netanyahu. No final de Novembro, Israel e o Hezbollah concordaram numa suspensão dos combates na sequência da assinatura de um acordo mediado pelos EUA e por França. O acordo previa o desarmamento do sul do Líbano, o bastião do Hezbollah, com o recuo das IDF e o avanço do Exército libanês para a região. No sábado, o Exército libanês garantiu que continuava a dar os passos para a implementação do acordo, mas acusou Israel de “procrastinação na retirada”, o que estará a interferir com o cumprimento dos trâmites do cessar-fogo. Um dia antes, o gabinete de Netanyahu disse que o acordo não estava a ser respeitado pelo governo libanês e, por isso, iria dar continuidade ao “processo gradual de retirada”, recordando que a retirada total estava “condicionada pela entrada do Exército libanês no sul do Líbano e pelo cumprimento total e efectivo do acordo”. A Casa Branca também já disse ser necessária uma extensão do prazo para a retirada militar israelita. Na semana passada, o Hezbollah avisou que qualquer atraso na retirada israelita do sul do Líbano seria uma “violação flagrante do acordo, um desrespeito pela soberania libanesa e a entrada numa nova fase da ocupação”. No entanto, não foi dada qualquer indicação de uma eventual resposta armada a essa eventualidade. O presidente libanês, Joseph Aoun, apelou à contenção dos habitantes do sul do país para que confiem nas Forças Armadas. “A soberania e a integridade territorial do Líbano são inegociáveis, e estou a acompanhar esta questão ao mais alto nível para assegurar os vossos direitos e a vossa dignidade”, afirmou através de um comunicado.
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