Pina Moura, de “Cunhal dos pequeninos“ a superministro do PS e gestor
Joaquim Pina Moura, que morreu esta quinta-feira em Lisboa, aos 67 anos, foi um destacado militante comunista a quem chamaram"Cunhal dos pequeninos", foi dissidente do PCP, superministro do PS e gestor de grandes empresas.
Mas o seu percurso político começou antes da Revolução dos Cravos, em 1974, passou pela militância na organização de juventude do PCP, que chegou a coordenar, e ascendendo ao Comité Central, juntamente com Zita Seabra, em 1976. Em 1988, defendeu o voto secreto, a abertura do órgão oficial, Avante! à discussão interna e a apresentação de moções alternativas.
A Lusa descreveu o sucedido desta forma:"Pina Moura, membro suplente do Comité Central, rejeitou a 'análise marxista-leninista', contestou o 'centralismo democrático' e opinou que o PCP tem de 'começar de novo'". Em 1992, esteve na fundação da Plataforma de Esquerda com outros ex-comunistas, como Barros Moura, Raimundo Narciso, já de aproximação ao PS de António Guterres, afastando-se de dirigentes como Miguel Portas e Daniel Oliveira, mais tarde fundadores do Bloco de Esquerda.
A partir daí, o próprio líder do PS usava, por graça, esse cognome, ao contrário dos críticos e da oposição, que o usavam com ironia.
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