Sim, eu sei que está farto de ver políticos em arruadas, feiras e mercados. Que já não há paciência para as danças ridículas, para as voltinhas de bicicleta - ou de helicóptero - e para o político que decide tocar bateria, só para garantir que aquela imagem se torna viral. Bem sei que já não se aguentam os discursos inflamados e a reação à reação do outro que disse o que não queria dizer. Eu sei que temos todos bons motivos para não ligar nenhuma às eleições europeias. Mas se o erro de pensar assim não é nosso, as grandes vítimas da abstenção seremos nós.
O país parece estar em campanha há uma eternidade. A proximidade com as eleições legislativas não ajuda e a nacionalização que António Costa fez das eleições para o Parlamento Europeu foi um golpe fatal para desvalorizar ainda mais um ato eleitoral que devia estar no topo das nossas prioridades políticas e que acabou por se tornar numa espécie de primárias para as"eleições a sério".
O PS, porém, está longe de ser o único responsável pelo desinteresse nesta campanha eleitoral. Na verdade, todos os partidos políticos partilham este fardo que está a levar a um afastamento cada vez mais evidente - e preocupante - dos eleitores. O que nos leva à cobertura jornalística, tantas vezes criticada por políticos e comentadores, muitos deles jornalistas frustrados, que nunca fizeram uma reportagem na vida, quanto mais uma campanha eleitoral. No jornalismo, como em todas as profissões, há bons e maus profissionais.
O jornalismo tem a obrigação de procurar, até ao limite do possível, a verdade dos factos. E a verdade dos factos, numa campanha eleitoral, é que 90% do discurso dos candidatos é igual todos os dias, várias vezes ao dia. Os 10% que restam são normalmente utilizados para reagirem à notícia do dia, à polémica mais recente ou para o ataque mais feroz ao adversário.
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