No próximo mês, durante a noite, vão poder aterrar ou levantar do aeroporto da Portela mais 424 voos do que os que hoje estragam o sono aos lisboetas. A decisão foi ontem aprovada pelo governo de António Costa, depois de um período de consulta pública levado a cabo em pleno agosto e perante os protestos de todo o executivo camarário da cidade, à exceção dos representantes socialistas.
O mesmo se passou agora com o alargamento da meia-noite para as 2h00 da manhã e a antecipação das 6h00 para as 5h00, uma medida temporária e excecional, frisam os responsáveis do ambiente, que se juntaram às infraestruturas na aprovação, indiferentes à oposição de todos os representantes de Lisboa - exceto os socialistas.
Para que serve esta oposição é a dúvida que fica. Talvez ajude, porém, a explicar um PCP reduzido a metade na sua presença parlamentar, posto de parte pelo governo socialista da maioria absoluta e em contínua queda nas intenções de voto dos portugueses.
Quanto aos aviões, vamos continuar a vê-los passar. E os que vivem em Lisboa sabem por opção de quem.
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