Em entrevista à Renascença, João Pedro Oliveira e Costa rejeita ainda qualquer tipo de concertação em matéria de depósitos e defende que o Estado também "arrecadou muito com os lucros da banca", que considera irrepetíveis nos próximos anos.
Em entrevista à Renascença, João Pedro Oliveira e Costa rejeita ainda qualquer tipo de concertação em matéria de depósitos e defende que o Estado também"arrecadou muito com os lucros da banca", que considera irrepetíveis nos próximos anos. O presidente do BPI admite que a polémica com o IRS foi um “arranque em falso” do novo Governo.
“Recomendaria às pessoas que, quando sentissem as primeiras descidas das taxas de juro, não alterassem os comportamentos de consumo, ou seja, mantivessem alguma prudência porque eu não acho que estejamos num cenário estável, não por Portugal, mas pelo que vem de fora, nomeadamente a questão geopolítica.
Garante que a remuneração dos depósitos em Portugal já se aproxima da média europeia e explica que nem sempre é possível comparar, “porque o peso dos depósitos nas grandes empresas noutros países é muito maior do que em Portugal”. “Para algumas coisas não posso ser europeu e para outras português”, afirma.
“O Estado arrecadou também muito com a evolução dos lucros da banca. O importante numa empresa quando tem resultados positivos é reconhecer as pessoas, pagar os impostos e cumprir a nossa missão. Acho que esse aspeto foi feito”, defende o banqueiro. Para o IRC, defende uma descida ao nível dos principais países concorrentes, como Espanha, que têm uma taxa cerca de 5 pontos percentuais mais baixa.
Entre 2010 e 2023, os cinco maiores bancos fecharam mais de dois mil balcões e eliminaram 16 mil postos de trabalho. No último ano, encerraram 26 balcões e ficaram com menos 331 funcionários.
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