Em entrevista ao canal americano NBC News, o Presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, expressou a esperança de que o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contribua para a paz regional e mundial. Pezeshkian reafirmou que Teerã não busca armas nucleares e respondeu firmemente à possibilidade de ataques militares israelitas contra instalações nucleares iranianas. Paralelamente, o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmou que países como Alemanha, França e Reino Unido estão dispostos a retomar negociações sobre o programa nuclear iraniano.
O Presidente do Irão , Massoud Pezeshkian , expressou a esperança de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , contribua para a paz regional e mundial, em vez de fomentar guerra contra a República Islâmica. Pezeshkian reafirmou que Teerã não busca adquirir armas nucleares, mas respondeu com firmeza à possibilidade de ataques militares israelitas, com ou sem aprovação dos EUA, contra as instalações nucleares iranianas. 'Responderemos a qualquer ação.
Não tememos a guerra, mas não a procuramos', afirmou o novo Presidente reformista iraniano numa entrevista dada no Irão ao canal norte-americano NBC News, a menos de uma semana da tomada de posse do 47.º Presidente dos Estados Unidos. Washington e Teerão não mantêm relações diplomáticas há 45 anos e Donald Trump sugeriu várias vezes durante a campanha eleitoral que Israel poderia atacar as instalações nucleares iranianas.O chefe da diplomacia do Irão, Abbas Araghchi, afirmou também que Alemanha, França e Reino Unido estão, de forma séria, dispostos a retomar as negociações sobre o programa nuclear iraniano, na sequência de conversações em Genebra. As tensões sobre o programa nuclear civil do Irão — com as grandes potências a suspeitarem que Teerã tem objetivos militares há duas décadas — aumentaram desde que Donald Trump retirou os Estados Unidos em 2018, durante o primeiro mandato na presidência dos EUA, de um acordo internacional de 2015. O texto, assinado pelos Estados Unidos (durante a administração de Barack Obama), China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha, oferecia ao Irão um alívio de sanções económicas em troca da limitação das ambições nucleares. Desde a retirada de Washington, o Irão não cumpriu os compromissos em matéria de enriquecimento e controlo do programa nuclear.'Tudo o que fizemos até agora foi pacífico. Não estamos a tentar criar uma arma nuclear. Mas acusam-nos de tentar fabricar uma bomba' atómica, referiu ainda o líder iraniano. Questionado pela NBC News sobre a possibilidade de 'negociações diretas e abertas com o Presidente Trump', o líder iraniano mostrou-se cético. 'O problema não é o diálogo. O problema está nos compromissos que resultam das discussões e desse diálogo', respondeu, lamentando o facto de 'a outra parte não ter mantido as suas promessas ou cumprido as suas obrigações'.
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