Associação de proprietários culpa instabilidade da lei e diz que há “medo de arrendar”. Inquilinos pedem investimento do Estado para regular o mercado
A solução também é rejeitada pela Associação Lisbonense de Proprietários e pela Associação dos Inquilinos Lisbonenses , ouvidas pelo Expresso. A razão é mesma: o verdadeiro problema está na oferta. No entanto, as soluções para o resolver são distintas.
prolonga por mais dois anos o período de transição para a atualização dos contratos anteriores a 1990E, lá está, o problema está na oferta, porque as sucessivas alterações legislativas não permitem que haja “estabilidade nem confiança para celebrar contratos de arrendamento”. Ou seja, as pessoas têm “medo de arrendar” e por isso optam por impor valores mais altos aos inquilinos como “prémio de risco”.
Ainda esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística divulgou que as rendas das casas por metro quadrado em Portugal aumentaram 3,4% em janeiro face ao mesmo mês de 2019, destacando-se a região de Lisboa com o crescimento mais intenso. E, esta segunda-feira, um, com um grupo de investigação da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto , concluía que arrendar casa em Lisboa é mais difícil do que em Barcelona e Berlim.
Romão Lavadinho discorda da boa-fé dos proprietários, que, diz, “não podem continuar a fazer a especulação sem serem penalizados”, nomeadamente em sede fiscal. “Aquilo que foi aprovado em termos de IMI pode ajudar a resolver alguma coisa, mas a maior parte das câmaras não aplica a lei”, queixa-se. Em causa estão penalizações para proprietários de prédios devolutos e degradados.
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