Esta medida pode acarretar “implicações muito sérias para a qualidade do discurso público na plataforma“, avisa Francisco Morgado Véstia, diretor da Samy Alliance
Esta medida pode acarretar"implicações muito sérias para a qualidade do discurso público na plataforma", avisa Francisco Morgado Véstia, diretor da Samy Alliance
Também questionado pelo +M/ECO, João Pedro Bernardes, coordenador da pós-graduação Social Media e Marketing de Conteúdo do IPAM alerta que este selo “ajudou na construção de confiança e credibilidade com os seguidores” e que sem ele “a possibilidade de as contas serem confundidas com outras que não são autênticas ou representativas pode aumentar, o que pode levar a uma perda de seguidores e a um possível dano da imagem das...
As marcas beneficiam ainda da exceção aberta por Elon Musk, depois de o Twitter ter anunciado que as dez mil organizações com mais seguidores, bem como os 500 maiores anunciantes, que já tenham sido verificados, poderão manter o selo azul de forma gratuita. “No caso específico de personalidades como Cristiano Ronaldo ou Beyoncé, uma vez que as suas contas são já altamente reconhecidas pelos utilizadores do próprio Twitter, estes poderão sentir menos o efeito da perda do selo azul. Quem poderá ‘sofrer’ mais com a perda do selo azul serão os influenciares digitais/criadores de conteúdo.
Isso pode tornar cada vez mais difícil para o público distinguir quem são as vozes credíveis e fundamentais na discussão pública, como cientistas, autores e jornalistas, daqueles que têm apenas uma grande base de seguidores.
Inês Mendes da Silva, CEO da Notable, consultora responsável pela comunicação, agenciamento e gestão publicitária de diversas figuras publicas, defende que “a credibilidade não se paga“, e que esse reconhecimento é um “asset valiosíssimo para qualquer personalidade e empresa, que se conquista com muito trabalho, posicionamento e estratégia”.