O PSD retirou, na segunda-feira, a confiança política ao deputado Pinto Moreira, que já fez saber que não tenciona passar ao estatuto de não inscrito. Se essa fosse a sua opção, não seria a primeira vez que o partido passaria por essa experiência: em 1975, no rescaldo da Revolução, 21 parlamentares do então PPD entraram em rutura com Sá Carneiro e tornaram-se independentes, com o objetivo de defenderem a social-democracia 'como via para o socialismo'.
O PSD retirou, na segunda-feira, a confiança política ao deputado Pinto Moreira, que já fez saber que não tenciona passar ao estatuto de não inscrito.
Dezembro de 1975. O país tinha acabado de viver os atribulados acontecimentos de 25 de Novembro e estava a meio ano das eleições para a Assembleia Constituinte, as primeiras em democracia. Em, o II Congresso Nacional do PSD - então PPD - levaria à rutura de vários membros destacados do partido. Entre eles contavam-se nomes como Carlos Mota Pinto - que, mais tarde, se reconciliaria com Sá Carneiro e chegaria a primeiro-ministro -, Emídio Guerreiro ou José Augusto Seabra. Ao todo, 21 deputados social-democratas decidiram tornar-se independentes após o congresso de 6 e 7 de dezembro.
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