Volodymyr Zelensky obteve uma vitória diplomática na cimeira do G7, mas vê-se agora pressionado a obter triunfos na frente de combate. No entanto, o tempo corre contra a Ucrânia.
Bakhmut é o paradigma de uma guerra sem fim à vista. Apesar da escassa importância estratégica, a cidade concentrou todos os esforços militares russos e ucranianos nas últimas semanas, como se o desfecho do conflito dependesse da sua ocupação.tem um simbolismo neste contexto de impasse, por permitir que uma das partes possa falar em avanço e vitória, o que os russos fizeram, como se estivessem em Berlim em 1945.
Mais por falta de meios do que por prudência, as contra-ofensivas de um lado e do outro têm sido adiadas. O armamento esgota-se e os países fornecedores debatem-se, cada vez mais, com naturais problemas de abastecimento. Depois do sistema Himars dos EUA e dos tanques Leopard alemães, o Exército ucraniano vai receber,, os tão desejados caças F-16.
Vladimir Putin pode esperar pela integração de mais soldados para sacrificar, pela exasperação dos países europeus e pelas eleições para a Casa Branca. Caso a Ucrânia não consiga reconquistar terreno com o apoio militar concedido, que outras armas poderá o Ocidente fornecer a partir daqui? O G7 fala em apoiar a Ucrânia pelo “tempo que for preciso”, mas também deixa escapar a vontade de que o ideal seria que o conflito. No fundo, na ausência de uma contra-ofensiva bem-sucedida, e no prolongamento do impasse, o mais natural é que o auxílio político, financeiro e militar ocidental venha a decair com o tempo, com a agravante de os republicanos reconquistarem Washington em 2024.
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