Kremlin admitiu 'profunda preocupação' pela incursão que visará desviar militares russos ao longo da fronteira com a Ucrânia.
Do lado da população havia a lamentar 12 feridos e a morte de uma mulher idosa durante a retirada."Os restantes foram devolvidos à Ucrânia onde continuaram a ser atingidos pelo fogo até serem completamente eliminados", disse Konashenkov enquanto mostrava imagens aéreas de explosões.
Por sua vez, Kiev reiterou que nenhum soldado em território russo é ucraniano, tendo a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, explicado que"são dinâmicas internas da Rússia, ditadas pelo desejo dos cidadãos de mudar o sistema político do país e de pôr fim à guerra sangrenta que o Kremlin desencadeou".
Dinâmicas constituídas por dois grupos muito diversos mas que acordaram fazer esta operação conjunta. Enquanto a Legião Liberdade para a Rússia tem como líder Ilya Ponomarev, o único deputado que votou contra a anexação da Crimeia, e assume-se como um movimento em defesa da liberdade dos russos, o Corpo de Voluntários Russos tem como figura principal Denis Kapustin, ligado à extrema-direita e ao hooliganismo.
Já depois de Moscovo ter anunciado ter posto fim à incursão, o porta-voz da ala política da Legião garantia que os seus homens ainda estavam a controlar duas povoações, informação que foi também veiculada por contas russas nas redes sociais. Citado pelo New York Times, Ponomarev disse que o raid teve como objetivo desestabilizar o governo de Putin e forçar os militares russos a desviar recursos.
Mark Hertling, tenente-general dos EUA na reforma, considerou que, se a ação teve como propósito fazer um raid, então"conseguiu atingir todos os objetivos". Ou seja, surpreender a guarda fronteiriça e o Ministério da Defesa, assustar os cidadãos russos, enviar uma mensagem a Putin e causar a deslocação de forças.
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