Anunciado vencedor das presidenciais de segunda-feira no Ruanda, Paul Kagame vai ter de se concentrar no quarto mandato presidencial em como melhorar as más relações com Kinshasa, manter o crescimento económico e preparar a sucessão, segundo especialistas.
Anunciado vencedor das presidenciais de segunda-feira no Ruanda, Paul Kagame vai ter de se concentrar no quarto mandato presidencial em como melhorar as más relações com Kinshasa, manter o crescimento económico e preparar a sucessão, segundo especialistas.
"Cada vez mais, estudos mostram que o modelo de desenvolvimento do Ruanda está fortemente dependente do acesso ilícito aos recursos naturais do leste da RDCongo", nomeadamente os minerais, explica Paul-Simon Handy, diretor para a África Oriental do Instituto de Estudos de Segurança , referindo-se a uma "dependência prejudicial que conduz ao conflito".
No plano económico, o Ruanda ficou arruinado após o genocídio de 1994, mas as medidas postas em prática por Kagame levaram o país a registar, desde então, um desenvolvimento reconhecido internacionalmente. Este crescimento, que se estabilizou em cerca de 7%, depende em grande parte da ajuda internacional, que diminuiu nos últimos dez anos devido às crises do M23, e do Estado ruandês, cuja dívida pública representará 69,9% do PIB em 2024, segundo o Fundo Monetário Internacional .
Longe da imagem moderna de Kigali, a pobreza continua viva: em 2024, quase um em cada dois ruandeses viverá com menos de 2,15 dólares diários, segundo o Banco Mundial. A questão da sua sucessão foi adiada pela revisão constitucional de 2015, que, depois de ter atingido o limite de dois mandatos de sete anos, lhe permitiu concorrer a mais um mandato de sete anos , e agora a dois mandatos de cinco anos .
Kagamé Democrática PIB Monetário
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