A informação sobre pessoas desaparecidas está dispersa em Portugal por diferentes autoridades e o país devia apostar na criação de um centro nacional dedicado a esta realidade, defende o inspetor-chefe da Polícia Judiciária (PJ) Miguel Gonçalves.
A informação sobre pessoas desaparecidas está dispersa em Portugal por diferentes autoridades e o país devia apostar na criação de um centro nacional dedicado a esta realidade, defende o inspetor-chefe da Polícia Judiciária Miguel Gonçalves.
"Espanha criou um centro nacional de pessoas desaparecidas e qualquer entidade policial que receba uma comunicação de desaparecimento encaminha para esse centro. Portanto, têm uma perspetiva mais real em termos dos desaparecimentos que ocorrem a nível nacional.
"O desaparecimento não é considerado crime e, para se investigar uma situação destas, as ferramentas processuais que temos são apenas aquelas utilizadas no âmbito das medidas cautelares ou, eventualmente, a possível localização celular do aparelho móvel que a pessoa possa estar a utilizar", indica. "Para termos acesso a essa ferramenta havia a necessidade de existir um processo-crime e de estarmos a falar de um crime que admita ter acesso aos metadados, nomeadamente uma situação de rapto, sequestro ou homicídio", observa.
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