É alta a probabilidade de Trump e Xi Jinping não chegarem a acordo no final de junho em Osaka sobre a guerra comercial e esse cenário inquietou os investidores na semana que findou. Um novo choque petrolífero pode estar no horizonte
Os riscos geopolíticos estão a deixar os investidores com os nervos à flor da pele. O que está por detrás da guerra comercial e tecnológica em curso entre os Estados Unidos e a China, e da subida do preço do barril de Brent em mais de 30% desde início do ano, é um novo quadro de disputa geopolítica.
O preço do Brent subiu acima de 72 dólares, um aumento de quase 2% esta semana. Desde o início de janeiro já subiu 34%, num ano que os economistas do Fundo Monetário Internacional previam uma descida do preço do barril do ouro negro em mais de 13%.
A mesma “anomalia” em 2016 e até agosto de 2017 antecipou uma crise económica nos EUA que se iniciou em dezembro desse ano, ainda antes da crise financeira. Esse cenário poderá levar a Reserva Federal, o banco central, a abandonar a pausa atual e a ter de intervir. No mercado de futuros, a probabilidade de um corte nas taxas diretoras é já de quase 58% para a reunião de outubro e de 73% para a de dezembro.
Com a decisão de Trump em terminar a pausa na guerra comercial e a saída de Pequim do silêncio, a cadeia norte-americana CNBC avançou que as negociações estagnaram e os analistas temem que Trump e Xi Jinping não cheguem a nenhum acordo no encontro que deverão ter à margem da cimeira do G20 a 28 e 29 de junho em Osaka, no Japão.
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