O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) defende uma maior valorização dos profissionais, criticando a proposta de aumento salarial como insuficiente. O SEP destaca as competências e responsabilidades dos enfermeiros, chamando atenção para a necessidade de mais especialistas em áreas como saúde materna, obstétrica e saúde mental.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses insistiu esta quinta-feira na necessidade de valorizar estes profissionais, lembrando que o processo negocial que retoma em janeiro deve ir mais longe.
'Relativamente à organização do tempo de trabalho dos enfermeiros, precisamos de saber exatamente o que é que a senhora ministra pretende, porque o SEP tem uma proposta relativamente à compensação do risco e da penosidade, que é a', disse à Lusa Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). O SEP fez esta quinta-feira uma conferência de imprensa para analisar a atuação do Ministério da Saúde relativamente à enfermagem e ao acesso aos cuidados de saúde, sublinhando que valorização salarial anunciada pelo Governo é 'muito insuficiente'. O Governo prevê uma valorização salarial faseada até 2027, de acordo com o decreto-lei publicado esta quinta-feira em Diário da República. Para o SEP, no final de 2027, com este acordo, o início da carreira de enfermagem continuará abaixo de outros profissionais licenciados da área da Saúde. Como exemplo, aponta a carreira de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, que se inicia com um salário de 2.294,95 euros desde 2022, enquanto para o início da carreira de enfermeiro especialista o salário em 2027 será 1.915,46 euros. O sindicato insiste que a valorização salarial prevista é insuficiente e lembra as atuais competências e responsabilidades dos enfermeiros especialistas, dando como exemplo a triagem das grávidas feita por enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica e a necessidade de mais enfermeiros especialistas em saúde familiar. 'Apesar de não fazer nenhuma referência no âmbito do plano de saúde mental, os enfermeiros especialistas nesta área são extremamente importantes para dar resposta a todas as necessidades em cuidados de saúde mental (…), integrando as equipas comunitárias nos cuidados de saúde primários e na área hospitalar', afirmou Guadalupe Simõe
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