Há anos atrás um fotógrafo francês chamado Yann Arthus-Bertrand ficou retido numa aldeia no Mali enquanto um mecânico tentava arranjar o helicóptero que o transportaria. Aproveitando o tempo, Arthus-Bertrand conversou longamente com um habitante da aldeia sobre a sua vida, os seus sonhos, as suas expectativas, os seus medos e as suas ambições. Dessa conversa nasceu um projeto transformado em exposição itinerante chamada '7 mil milhões de outros', que envolveu mais de 5 mil horas filmadas com 8 mil pessoas em 84 países diferentes, a responderem às mesmas 45 perguntas sobre a família, o amor, a morte, o perdão, a natureza, o sentido da vida, os desafios e os sonhos de criança de cada um.
Há anos atrás um fotógrafo francês chamado Yann Arthus-Bertrand ficou retido numa aldeia no Mali enquanto um mecânico tentava arranjar o helicóptero que o transportaria. Aproveitando o tempo, Arthus-Bertrand conversou longamente com um habitante da aldeia sobre a sua vida, os seus sonhos, as suas expectativas, os seus medos e as suas ambições.
As entrevistas de Yann Arthus-Betrand mostram que há um conjunto de preocupações que parecem ser comuns a todos, como a esperança num futuro melhor para filhos - mas algumas vezes nem tanto para as filhas -, o medo com a morte e, muito mais no caso dos rapazes do que das raparigas de todo o planeta e de todas as condições sociais, o sonho de serem pilotos de avião...
No ano anterior à morte de Nelson Mandela visitei Robben Island, a prisão onde Madiba - o Preso 46664 - passava os fins‐de‐semana fechado numa cela de 2,5 x 2,1 metros, sem cama e sem casa de banho e trabalhava de segunda a sexta-feira numa pedreira.
Numa época em que poucos - para não dizer nenhuns - são exemplos em que nos podemos inspirar, onde a compaixão é considerada fraqueza, onde o egoísmo é a norma, onde a pequena esperteza saloia é mais importante que o trabalho e o esforço, Mandela desafia-nos a sermos melhores, maiores, mais humanos.
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