Bruxelas pôs em marcha uma revolução para tornar a indústria europeia mais amiga do ambiente, com metas várias até 2030. Indústria nacional do têxtil e vestuário alerta para a necessidade de equilíbrio entre objetivos ambientais e a competitividade das empresas, e diz que mudança 'não pode ser feita em dois ou três anos'.
Sabido é já que, a partir de 1 de janeiro de 2025, será proibido o envio de desperdícios para incineração ou aterro. Isto significa que as marcas vão passar a ser responsáveis pelos produtos que lançam no mercado e que terão, no seu fim de vida, de voltar a reentrar no circuito produtivo, fomentando a verdadeira economia circular.
Em causa está uma indústria formada por 160 mil empresas e que dão emprego a mais de 1,5 milhões de trabalhadores em toda a Europa. E que tem um potencial de crescimento significativo à boleia desta revolução. Estima a Comissão Europeia que, por cada mil toneladas de têxteis recolhidos para serem reutilizados, designadamente no negócio da venda de roupa em segunda mão, podem ser criados em média 20 a 35 novos postos de trabalho.
No limite, o objetivo é mesmo por fim à chamada fast fashion e ao lançamento de várias coleções ao ano. O próprio Parlamento Europeu aprovou um relatório exigindo"medidas mais rigorosas" na UE para"combater a produção e o consumo excessivo de têxteis", argumentando que estes produtos devem"durar mais tempo e ser mais fáceis de reutilizar, reparar e reciclar".
Da parte da indústria, garante, os passos para a economia circular estão já a ser dados, designadamente ao nível do uso de energias renováveis, da reutilização dos desperdícios industriais, da incorporação crescente de produtos reciclados, para diminuir o consumo de matéria virgem, mas também da preferência por fibras biodegradáveis em vez de fibras sintéticas, responsáveis, no seu processo de lavagem, por 35% dos...
"De pouco regulamentada vamos passar a uma indústria altamente regulamentada. É uma mudança gigantesca que está em marcha, mas que não pode ser feita em dois ou três anos", diz o presidente da ATP. Mais importante ainda, o setor, através da Euratex, a federação europeia, exige sistemas de auditoria apertados e atenção redobrada ao que chega de fora.
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