Durante 15 dias, Simon Cheng foi torturado pelas autoridades chinesas que o acusaram de ser um espião estrangeiro, um traidor da pátria e o maior arquiteto dos protestos pró-democracia que desde 2019 têm levado milhares de pessoas às ruas de Hong Hong. O Reino Unido concedeu-lhe asilo político no fim de junho
Em 2017, Simon Cheng começou a trabalhar para o consulado britânico numa equipa que tinha como principal função promover a Escócia como bom destino para investimentos estrangeiros. Atualmente com 30 anos, Cheng tornou-se, no fim de junho, o primeiro cidadão britânico com passaporte de residente estrangeiro em Hong Kong a ser admitido como refugiado político.
As autoridades chinesas souberam que ele tinha estado a enviar informações sobre os protestos ao Reino Unido e retiraram-lhe o telefone, onde várias mensagens trocadas entre Cheng, outros funcionários consulares, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico e dezenas de manifestantes provaram que Cheng foi sempre um forte apoiante dos protestos anti-regime.
A partir do segundo dia, Cheng garante que foi colocado numa solitária e obrigado a assinar declarações falsas onde confessava que tinha ajudado o Governo britânico a desenhar toda a onda de protestos em Hong Kong, que tinha sido “usado por poderes estrangeiros” e que tinha conseguido junto desses mesmos países ajuda financeira para os manifestantes.
“Estou muito agradecido ao Reino Unido pela coragem demonstrada na proteção dos seus cidadãos que vivem no estrangeiro”, disse Simon Cheng numa conferência de imprensa a partir de um país não identificado. “A decisão baseia-se em convenções das Nações Unidas que justificam que o meu caso é de facto perseguição política.
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