Algumas das pessoas a bordo do navio de resgate Ocean Viking estão a ter alguma dificuldade em lidar com o espaço confinado do navio e com a possibilidade de não virem a desembarcar - ou com a de voltarem para a Líbia, de onde muitos saíram. As situações em que um resgatado tenta atirar-se ao mar ou fazer mal a si mesmo ou a outras pessoas já não são assim tão esporádicas e a organização que gere o barco declarou, pela primeira vez na sua história, situação de emergência a bordo
Há neste momento 181 pessoas a bordo do navio de resgate de migrantes Ocean Viking. Estão há oito dias no mar porque ainda nenhum porto seguro lhes foi indicado pelas autoridades que tentaram contactar - de Malta e de Itália, em cujas zonas designadas de salvamento estas pessoas foram resgatadas.
Desde que zarpou do porto de Marselha, o Ocean Viking não fez só um salvamento - fez quatro. Cada vez que encontram pessoas no mar, a tripulação continua a trazê-las para bordo mas a situação humanitária está de tal forma complicada que a SOS Mediterranee, que gere o navio, foi obrigada a declarar estado de emergência, a primeira vez que tal acontece na história da organização não governamental.
“Estamos todos muito assustados. Estamos com 180 pessoas extremamente vulneráveis a bordo há muito tempo e temos de as desembarcar. Neste momento é a segurança de todos, resgatados e tripulação, que está em causa”, diz ao Expresso Laurence Bondard, membro da tripulação, numa chamada por Whatsapp a bordo do Ocean Viking.
O Ocean Viking saiu de Marselha a 22 de junho depois de três meses parado por causa da pandemia. Dia 25 recebeu as primeiras 118 pessoas, numa questão de horas: primeiro 51 e depois 67. No dia 30 procederam a mais dois salvamentos: um de 47 pessoas, outro de 16. Há uma semana pediram pela primeira vez um porto seguro a Malta e a Itália, já que as pessoas foram resgatas numa das duas zonas designadas de salvamento de cada país.
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