TAP: as cartas (des)conforto para o Estado

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Ex-secretário de Estado Miguel Pinto Luz reagiu, dizendo que o antigo ministro das Infraestruturas não leu os documentos de transição, 'o que ajuda a explicar o que aconteceu na TAP nos últimos anos'.

documentos da Airbus

estavam no processo e foram passados. Quem o diz é Lacerda Machado, que trabalhava para o próprio ministro. E a Parpública, tutelada pelo próprio governo", refere o ex-governante do PSD/CDS-PP. Na audição, o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Marques tinha dito que os membros do Governo PSD/CDS-PP que fizeram a transição de pastas em 2015 não informaram o Governo PS sobre o negócio da TAP conhecido por fundos Airbus.

Mais tarde, ao deputado Bernardo Blanco, da IL, Pedro Marques explicou que após a reconfiguração da estrutura acionista realizada pelo PS, as obrigações da Parpública e do acionista privado relativamente à recapitalização passaram a ser proporcionais no acordo parassocial à percentagem de capital das duas partes, bem como passaram a ser limitadas, o que, apontou o ex-ministro, não estava na privatização feita pelo PSD/CDS-PP.

"As cartas conforto que foram enviadas após despacho autorizador dos dois membros do Governo diziam que a Parpública era obrigada a comprar todas as ações da TAP, todos os ativos e passivos da TAP no momento em que essa cláusula fosse espoletada passavam para o Estado. Isto é absolutamente correto de acordo com o que está na carta conforto", sublinhou.

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