Tiago Mayan Gonçalves, apesar de ter-se inscrito para participar na Convenção da Iniciativa Liberal, irá acompanhar o evento à distância. O antigo candidato à liderança do partido, envolvido num processo de falsificação de assinaturas, garantiu que não irá discursar durante a reunião magna.
Tiago Mayan Gonçalves inscreveu-se para estar presente na IX Convenção da Iniciativa Liberal , nos dias 1 e 2 de fevereiro, onde vai ser eleito o próximo presidente do partido, mas vai acompanhar à distância e não vai discursar.
O liberal que foi a primeira escolha do Unidos pelo Liberalismo para ser o candidato à liderança da IL — uma ambição que caiu por terra quando falsificou assinaturas na junta que presidia no Porto, o que o levou a demitir e, consequentemente, a afastar-se do movimento — tem um processo a decorrer no Conselho de Jurisdição do partido, porém é membro de pleno direito e, segundo apurou o Observador, inscreveu-se para participar de forma presencial na Convenção. Contactado pelo Observador, Mayan Gonçalves confirmou que se inscreveu para estar presente no formato físico, mas garantiu que vai “mudar para online” por “motivos familiares”, já que a Convenção liberal permite aos membros do partido que assistam e participem nos trabalhos presencialmente ou à distância. Mais do que isso, o ex-candidato presidencial da IL assegurou que, de uma forma ou de outra, “não iria discursar” durante a reunião magna. Vários membros da oposição interna contactados pelo Observador mostraram preocupação com a presença de Mayan Gonçalves e respiram de alívio por saberem que vai participar de forma remota. Ainda assim, há quem ache que devia mesmo manter-se à distância. Se o Mayan estiver presente, antecipa um opositor a Rui Rocha, vai ser “o centro da atenção da Convenção pode prejudicar” e isso, conclui, “prejudica a IL e ainda mais Unidos pelo Liberalismo”. Outro considera que o ex-líder do movimento devia passar para “modo silencioso por agora” e considera que, ainda que esteja presente, não de aceitar ter notoriedade”.“Não digo para não ir, digo para estar em sabática, não dar nas vistas, não ‘aparecer’, acho que é bom para todos, mesmo para o próprio”, reitera, sublinhando que ainda que a nova liderança esteja a deslocar da anterior, Mayan “não deixa de ser um peso”. Depois de Tiago Mayan Gonçalves ter assumido a falsificação de assinaturas de um documento da junta de freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, demitiu-se da autarquia e saiu da liderança do Unidos pelo Liberalismo, o que obrigou o movimento a arranjar um novo nome — com Rui Malheiro a assumir a liderança. Na altura, Rui Rocha manifestou o “repúdio total” pelos factos que envolvem o ex-presidente da junta que tinha o selo da IL, considerando as condutas “inaceitáveis” e “graves”, e anunciou a abertura de um processo disciplinar no sentido de “apurar as responsabilidades e as consequências” que uma conduta desta natureza. A IL, contactada pelo Observador, garantiu que processo está a decorrer no Conselho de Jurisdição, que “tem prazos regulamentarmente previstos”. Sem uma decisão tomada até então, numa altura que faltam apenas duas semanas para a reunião magna, o partido pode bem atirar a decisão para os próximos órgãos liberais — até porque Tiago Mayan Gonçalves já está inscrito para marcar presença
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