Num pequeno estado com 618 nacionais, os trabalhadores expressam descontentamento com as reformas económicas iniciadas pelo Papa Francisco em 2013. A associação ADLV denuncia problemas laborais e afirma que o Vaticano se tornou uma 'multinacional' onde os trabalhadores não são bem tratados.
“No que é que o Vaticano se está a transformar? Para quem trabalhamos?” A pergunta resume o descontentamento que, nos últimos meses, se tem vindo a intensificar “impiedosamente” entre os trabalhadores do país mais pequeno do mundo.
“Os funcionários do Vaticano, nos últimos tempos, têm questionado a natureza do trabalho na Santa Sé e o significado do serviço”, diz o texto.
Em suma, argumentam os trabalhadores, há algo que distingue o Vaticano de uma qualquer empresa multinacional ou até de outros Estados: todo o trabalho tem de estar orientado para o desenvolvimento humano. “Mas perguntamo-nos: há uma real atenção à ‘pessoa humana’? O nosso interesse também é proteger a imagem da Santa Sé, que infelizmente tem sido minada por escândalos nos últimos anos.
Além das dúvidas sobre a eficácia da reforma económica, que exigiu sacrifícios aos trabalhadores, a ADLV também insinua que pode estar a haver favorecimentos de alguns funcionários: “Por outro lado, vemos que as promoções e as posições na gestão continuam a ser dadas a alguns: ações que impactam os orçamentos e que não ocorrem sempre com o critério da meritocracia.
Entre os setores que o Vaticano está a confiar a empresas externas encontram-se ainda o setor dos investimentos e até o famoso supermercado do Vaticano poderá vir a ser privatizado. Os trabalhadores são representados pela advogada Laura Sgrò, uma veterana dos casos ultra-mediáticos contra o Vaticano (é ela que representa, por exemplo, a família de Emanuela Orlandi, a jovem desaparecida em 1983 no Vaticano, cujo caso deu até origem a um documentário da Netflix e foi
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