A intenção de partilhar ideias, sugestões, dúvidas ou até mesmo erros, em contexto de trabalho, pode ser assustadora. Esta sensação pode existir por dois motivos: porque somos novos na organização e ainda não nos sentimos totalmente integrados ou porque temos medo de represálias. No primeiro caso, a solução vem com o tempo e a adaptação ao novo contexto de trabalho. A segunda hipótese tem um nome: segurança psicológica, ou melhor, ausência da mesma.
Surge de uma liderança ouvinte e respeitadora, de uma comunicação clara e empática, da capacidade de cooperação na equipa e na forma como as diferentes opiniões são acolhidas. Implica que os membros da equipa, em especial o líder, tenham a capacidade de abraçar o desconforto que esta liberdade de convivência implica.
Contudo, esta não é uma realidade de todas as organizações. Embora este trabalho tenha de ser realizado progressivamente no seio das equipas e que seja uma questão mais comportamental do que de capacidade financeira o que, numa primeira abordagem retiraria os principais obstáculos, não parece ser ainda uma preocupação.
Nos últimos tempos já foram realizados estudos suficientes que demonstram que o caminho que estamos a seguir no que diz respeito à saúde mental em contexto laboral não é o pretendido. O trabalho desenvolvido nos últimos anos não está a ser suficiente ou eficaz para atenuar as exigências diárias.
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