Trabalhava horas a fio sem receber, comia as sobras e era agredido com vara. PJ acredita que durante anos José foi explorado pelos patrões

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Trabalhava horas a fio sem receber, comia as sobras e era agredido com vara. PJ acredita que durante anos José foi explorado pelos patrões
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José, hoje com 54 anos, foi entregue quando era jovem pelos pais a uma família. Abusos começaram após morte desses primeiros patrões. PJ deteve suspeitos, que saíram em liberdade após pagarem caução.

. Podia ter aproveitado as idas ao café ou até mesmo um qualquer momento em que o portão de casa estivesse aberto. Aliás, José várias vezes cruzou aquelas portas. Maspara muito longe. O que o prendia àquela vida de abusos não eram correntes, nem grades, mas a dependência.mais ninguém que quisesse ficar com ele

A investigação, que teve início numa denúncia feita ao Ministério Público, apurou que, durante cerca de dez anos, a alegada vítima, agora com 54 anos, tinha sido “incluindo fins de semana e feriadosA isso somava-se as condições em que o homem, que também tinha, vivia em casa dos patrões, descrita pela PJ como “degradante”, “de habitabilidade, higiene, saúde física e psíquica, privacidade e alimentação”.

Terão sido essas as correntes que mantiveram José preso à casa, aos novos patrões e ao trabalho que o obrigavam a fazer. O homem terá, então, continuado a trabalhar na empresa dos suspeitos, onde alegadamente tinha de, assim como nas áreas da agricultura e pecuária.

, confessou, recentemente, a filha do casal que foi detido — e que saiu depois em liberdade, após ter sido presente a um juiz no Tribunal de Santa Maria da Feira e ter pago um caução de cinco mil euros cada. “Estava junto de uma família que o acolheu.. Se tivéssemos de sair em família, saía connosco muitas vezes e participava em todas as cerimónias.”

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