Quatro meses depois das eleições gerais em Moçambique, a missão de observação europeia apresenta relatório final, após ter apontado várias falhas na valiação preliminar.
A missão de observação da União Europeia às eleições gerais moçambicanas de outubro vai apresentar hoje em Maputo o seu relatório final, anunciou em comunicado, depois de ter apontado várias falhas na avaliação preliminar.A missão de observação eleitoral da UE destacou 150 elementos de curto prazo e 32 de longo prazo em 69 mesas de votação distribuídas por 52 distritos.
No relatório preliminar, que divulgou em novembro, a missão detetou diversas"irregularidades e más práticas no dia eleitoral e durante o processo de apuramento de resultados", incluindo"enchimento de urnas, voto múltiplo, invalidação intencional de votos da oposição e alteração de resultados de mesas de assembleia de voto com adição fraudulenta de votos extra".
Apesar das falhas e atos de intimidação relatados pelos observadores da UE e de outras instituições, os resultados viriam a ser validados a 23 de dezembro pelo Conselho Constitucional de Moçambique.e a Frente de Libertação de Moçambique conseguiu eleger 184 dos 250 deputados, ou seja, 73,6% dos lugares, mais de dois terços do hemiciclo, cabendo 60 à Resistência Nacional Moçambicana e seis assentos ao Movimento de Moçambicano .
e anunciaram que vão usar os meios legais e políticos ao longo do mandato para a reclamar os seus direitos. O embaixador da UE em Moçambique, António Sánchez, anunciou nas redes sociais na Internet, na terça-feira, que tem acompanhado reuniões produtivas entre a missão de observação e diferentes partidos e entidades moçambicanas acerca das conclusões do relatório, antecipando a apresentação marcada para hoje.
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