O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, reagiu hoje a declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, encorajando os países europeus a recorrerem aos instrumentos da UE para a crise pós-pandemia, afirmando que é ele quem trata das contas de Itália.
Conte reagia a declarações de Merkel numa entrevista publicada hoje por seis jornais europeus, o italiano La Stampa, o alemão Süddeutsche Zeitung, o britânico The Guardian, o francês Le Monde, o espanhol La Vanguardia, e o polaco Polityka.
Questionada sobre se Itália deve recorrer ao MEE, através do qual os países da zona euro podem requerer até 2% do respetivo PIB para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde em empréstimos com juros baixos, Merkel afirmou que"a decisão é de Itália", mas acrescentou que a UE criou mecanismos como MEE, a linha do BEI e o programa SURE, que"qualquer um pode usar".
Do lado dos que contestam o recurso ao MEE, em que está também a oposição de direita, argumenta-se que ele acarreta o risco de um controlo de Bruxelas sobre as contas italianas através de condições associadas aos empréstimos, e defende-se antes o recurso ao fundo de recuperação, ainda em negociação, que prevê que as verbas sejam canalizadas sobretudo através de subsídios.
O MEE, criado em 2021 durante a crise das dívidas na Europa, disponibiliza linhas de crédito aos países mais afetados pela pandemia para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde, tratamentos e prevenção de covid-19. Ao contrário dos empréstimos concedidos durante a crise das dívidas, sujeitos a um programa de reformas, esta linha específica do MEE tem como única condição que as verbas sejam usadas para aqueles fins.
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