Uma vez mais o Acordo UE-MERCOSUL, firmado em 2019 e ainda a depender da ratificação de todos os Estados-membros, volta a ser manchete de jornais, com manifestações favoráveis, designadamente da Alemanha, dos Estados ibéricos e nórdicos, mas também contrárias, sobretudo por parte de França, Países Baixos e Áustria, incluindo certas OnG que exigem mais requisitos ambientais a quem quer negociar com Bruxelas. Isso pode ser considerado um dilema que se incrusta com real risco de paralisação do Acordo, apto a consolidar megabloco responsável por 25% da economia global, com a participação de 780 milhões de habitantes.
Europa, justificou a recente escalada de ativistas na imponente sede do Conselho da UE, sob o argumento de que"o mundo está a pegar fogo e os governos estão a deixar arder". Muita tinta já correu por causa da desflorestação da Amazónia e do alegado descumprimento do Acordo de Paris, que colocariam os parceiros do hemisfério sul em posição mais frágil.
Portanto, é urgente diversificar mercados, na busca de outros celeiros agrícolas, de recursos energéticos e minerais. E o MERCOSUL voltou à berlinda, como alternativa à Europa unida. Diz o ditado que um cavalo não passa encilhado duas vezes, mas diante dessa instabilidade geopolítica que fez estremecer as placas tectónicas das grandes potências, a janela de oportunidades sofreu um abanão e abriu uma fissura.
O segundo semestre de 2023 traz a expetativa de que o acordo UE-MERCOSUL saia definitivamente do papel, com a referida Cimeira UE-CELAC, a realizar-se em Bruxelas, em meados de julho, durante as presidências semestrais brasileira do MERCOSUL e espanhola da UE. Contudo, a reviravolta que poderá ocorrer com as eleições gerais em Espanha, marcada para 23 de julho, deixa em suspenso esse relevante apoio, que já se dava por adquirido.
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