A vice-presidente da Comissão Europeia, Henna Virkkunen, promete usar todos os meios diplomáticos para impedir as restrições americanas ao acesso a chips de IA para empresas europeias.
A vice-presidente da Comissão Europeia com a pasta da Soberania Tecnológica , Segurança e Democracia, Henna Virkkunen, afirmou hoje que irá utilizar todos os meios diplomáticos para evitar as restrições impostas pelos Estados Unidos ao acesso a chips avançados de Inteligência Artificial (IA) para empresas da Europa.
Em resposta à decisão do governo americano, anunciada no mês passado, Virkkunen defendeu que a União Europeia irá pedir aos Estados Unidos que tratem a UE de forma não discriminatória, defendendo que o levantamento das restrições beneficiaria tanto a UE como os EUA. Ela salientou que a Europa tem interesse legítimo em desenvolver aplicações de IA para o desenvolvimento da sociedade e da economia, mas reconheceu também que os EUA têm interesse económico e de segurança em vender estes chips à Europa.A comissária finlandesa acredita que a decisão de restringir o acesso a chips pode ser revertida pela nova administração Biden, especialmente tendo em conta que a medida foi tomada durante a gestão Trump com o objetivo de reduzir o défice comercial americano com a UE. Paulo Cunha, eurodeputado português do Partido Popular Europeu, considerou as restrições como uma oportunidade para a Europa fortalecer a produção interna de chips. Cunha alertado que a dependência externa de semicondutores representa uma ameaça para o setor automóvel e a descarbonização devido às redes inteligentes e armazenamento eficiente de energia. Questionou a Comissão Europeia sobre a tolerância à dependência externa e a necessidade de garantir a soberania tecnológica da Europa
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