Luís Montenegro entra hoje numa fase crucial que vai determinar se é ele que vai disputar as eleições legislativas pelo PSD e se, chegando lá, vai ser primeiro-ministro. Em pouco mais de nove meses terá o primeiro teste com as Europeias mas, antes disso, já no próximo mês, o resultado na Madeira condicionará de forma determinante a sua liderança.
A vitória do PSD nas regionais serve-lhe em qualquer circunstância. A maioria absoluta mostra que a velha fórmula PSD/CDS ainda é uma fórmula vencedora e pode ser recuperada para formar maiorias à direita sem o Chega.
No caminho que é preciso percorrer, a ideia de que o principal partido de oposição precisa de apresentar propostas para afirmar uma alternativa só é verdade na medida em que isso contribua para gerar confiança. Entrar no leilão da descida do IRS, por exemplo, favorece sempre quem está no governo, porque pode fazer o que os outros apenas prometem.
António Costa ganhou umas eleições mostrando, quase diariamente, um caderninho com a proposta orçamental chumbada pela maioria parlamentar. Os eleitores sabiam o que estavam a votar e isso gerou confiança.
A JMJ revelou o candidato do PSD que pode discutir a vitória com o PS, sejam as Legislativas quando forem, sejam contra quem for. Tudo se joga ao nível da confiança que se gera e é evidente que Carlos Moedas conseguiu convencer os portugueses de que é capaz de fazer o que diz que vai fazer.
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