Luis Marco Aguiriano, secretário de Estado dos Assuntos Europeus de Espanha, esteve em Lisboa esta semana e falou ao DN sobre o Brexit, a eleição de Ursula von der Leyen para presidente da Comissão Europeia, a aliança de progressistas no Parlamento Europeu, o nuclear iraniano, a Venezuela e possibilidade de haver novas eleições legislativas em Espanha a 10 de novembro
Está de visita a Lisboa e reuniu-se com as secretárias de Estado dos Assuntos Europeus portuguesa e francesa [Ana Paula Zacarias e Amélie de Montchalin]. Estão os europeus já a preparar-se para Boris Johnson primeiro-ministro do Reino Unido?
Na Europa estamos a reforçar os planos de contingência para responder a um Brexit duro, sem acordo, mas estamos a trabalhar também num cenário intermédio que seria o de um Brexit duro programado.
Mas vê abertura entre os Estados membros dos 27 para conceder mais uma extensão do Artigo 50.º ao Reino Unido? É verdade que é um nome que apareceu de repente, a altas horas da noite, num Conselho Europeu que durou mais de dois dias e esteve a negociar os altos cargos europeus. Se foi uma boa opção? Não consigo dizer. Quem vai ter que dizer é o Parlamento Europeu. A senhora Von der Leyen esteve reunida com todos os grupos do Parlamento Europeu, num exercício difícil, inclusivamente na sua família política.
Ao não poder respeitar o processo do Spitzenkandidaten, suponho que tenham pensado que designar uma mulher enviaria uma espécie de sinal importante a nível histórico e que esse sinal poderia convencer pelo menos uma parte do Parlamento Europeu. Secretário de Estado dos Assuntos Europeus de Espanha, Luis Marco Aguiriano, esteve em Lisboa esta semanaO Parlamento Europeu poderia chumbar a sua nomeação para marcar uma posição forte?Há 15 anos, um presidente da Comissão bem conhecido neste país, José Manuel Durão Barroso, pediu o adiamento da votação, porque, na véspera, não tinha os números necessários. Preferiu adiar a votação e continuar a negociar.
Com este resultado nas negociações como vai ficar a tal aliança progressista que andaram a defender Emmanuel Macron, Pedro Sánchez, António Costa, Mark Rutte, Charles Michel e outros? Nestas negociações vimos o espanhol catalão Josep Borrell ser nomeado para o cargo de Alto Representante da Polítíca Externa da União Europeia. Tendo em conta que é oriundo de Espanha, país que não reconhece a independência do Kosovo, como vai Borrell negociar entre a Sérvia e o Kosovo no futuro?
Falou sobre os desafios externos da UE. O Irão é atualmente um deles. Até quando vão os europeus permitir a chantagem dos iranianos? Durante quanto tempo vai este mecanismo INSTEX funcionar? De que serve se um país toma uma decisão clara e, a seguir, quem vem a seguir, faz o contrário, mais do que não seja para fazer o contrário? Dou-lhe um exemplo muito concreto. Recebi mensagens e vi na imprensa que a Comissão Europeia está a condenar Espanha por causa da qualidade do ar em Madrid. Há uma semana que tivemos uma mudança de presidente de Câmara e que o atual autarca mudou o que fez a anterior autarca.
Entretanto houve outras eleições, europeias, municipais e autonómicas [em maio], tendo sido ganhas pelo mesmo partido. Então, o primeiro-ministro atual em funções [Pedro Sánchez] diz o seguinte: Bem, deixem-me governar, opondo-vos às leis, uma por uma. Ou, por outro lado, empurram-me - e não quero fazê-lo - para ir buscar votos aos extremos.
Portugal Últimas Notícias, Portugal Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
Portugal vence a Espanha e está na final do Mundial de Hóquei em PatinsModalidades - Portugal vence a Espanha e está na final do Mundial de Hóquei em Patins
Consulte Mais informação »
Primeira vítima do caso ''bebés roubados'' em Espanha encontra família biológicaA primeira vítima reconhecida pela justiça do caso dos “bebés roubados“ em Espanha revelou hoje que, ao fim de 32 anos, encontrou a sua família biológica graças a um banco de ADN norte-americano.
Consulte Mais informação »
Primeira ″bebé roubada″ em Espanha afinal fora dada para adoçãoInés Madrigal descobriu a verdade depois de recorrer a uma empresa especializada em análise genética dos EUA e encontrar a sua família biológica. Tribunal tinha dado como provado o tráfico de bebés, mas médico foi absolvido porque os crimes prescreveram. Inés apresentou recurso.
Consulte Mais informação »
Somos quase 8 mil milhões mas isso não é necessariamente uma boa notíciaA taxa de fertilidade está a diminuir, a população ativa é cada vez mais reduzida e os problemas ambientais aumentam.
Consulte Mais informação »