PSD e CDS devem iniciar as negociações para formar governo nas próximas semanas. A partilha do poder na Madeira será complicada já que, no encalço, está Paulo Cafôfo, com um apelo a uma coligação contra os sociais-democratas. E tal como em 2015, o PSD parte a assembleia geral de apuramento com o objectivo respecar votos que lhe permitam garantir o 22 deputado
O PSD foi da esperança ao medo, voltou a respirar de alívio, teve 22 deputados eleitos e acabou por perder um por uma nesga de votos, enquanto o CDS tardava a somar para eleger os lugares que faltavam para uma maioria de centro direita. Quando as contas fizeram 24 deputados, ouviram-se gritos de alegria na sede, na Rua dos Netos, no Funchal.
O poder podia mesmo fugir. O CDS, o único parceiro natural do PSD, perdia votos e não havia maneira de eleger o segundo deputado. Os sociais-democratas chegaram a dar como certo o 22, mas fugiu para o PCP, por oito deputados. No fim, os centristas elegeram o terceiro, no caso a terceira deputada. Ana Cristina Monteiro, luso-venezuelana, presidente da associação de apoio aos regressados da Venezuela, garantiu a tal maioria de centro-direita.
A questão é que o CDS também disse que só faria coligação com quem ganhasse as eleições e quem ganhou as eleições foi o PSD. A outra condição é entrar para o governo e ter uma secretaria regional. Miguel Albuquerque, que desta vez não fez festa, assumiu que pretende começar as negociações com os centristas para a formação do próximo governo e quer uma coligação.
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