O vice-presidente dos EUA, JD Vance, causou controvérsia na Conferência de Segurança em Munique ao criticar as regras contra a desinformação e o discurso de ódio, além de ameaçar a Rússia com sanções caso não aceite um acordo de paz com a Ucrânia.
Na Conferência de Segurança em Munique, marcada pelo anúncio do início das conversações de paz entre Rússia e Ucrânia , o vice-presidente dos EUA , JD Vance, atacou as regras contra a desinformação e o discurso de ódio . Vance também afirmou que os EUA poderiam usar a sua influência militar e económica nas negociações de paz com a Rússia , deixando-os de fora, o que foi posteriormente desmentido pelo seu porta-voz.
Em um discurso que abordou brevemente a guerra na Ucrânia, Vance disse que Washington poderia usar a sua influência militar e económica nas conversas com a Rússia para conseguir um bom acordo de paz com a Ucrânia. Mais tarde, o seu porta-voz negou que Vance estivesse a fazer qualquer ameaça a Moscovo. No entanto, esta foi a única referência ao conflito, já que Vance decidiu dar uma aula sobre liberdade de expressão e ideais democráticos aos aliados europeus. Durante o discurso, deu a entender que a maior ameaça europeia não era a agressão militar russa ou chinesa, mas a própria supressão da liberdade de expressão, incluindo os esforços para impedir os partidos de extrema-direita de chegarem ao poder. Vance também alertou os líderes europeus sobre a imigração ilegal, afirmando que o eleitorado não votou para abrir 'as portas a milhões de imigrantes não controlados', referindo-se ao caso recente de um ataque terrorista perpetrado por um refugiado afegão na Alemanha. 'O que me preocupa é a ameaça que vem de dentro, o recuo da Europa em relação a alguns dos seus valores mais fundamentais, valores partilhados com os Estados Unidos da América', disse. O braço direito de Trump sugeriu ainda que os esforços europeus utilizados para limitar a campanha de influência eleitoral por parte da Rússia nas eleições romanas estavam, em vez disso, a suprimir o discurso legítimo, comparando, a certa altura, alguns dos atuais líderes do continente ao antigo bloco soviético. Desprezando ainda a decisão da 'remota Roménia', de cancelar as eleições presidenciais depois de ser provado a interferência russa nas campanhas, nomeadamente a de Klaus Iohannis, Vance afirmou: 'Se a nossa democracia pode ser destruída com algumas centenas de milhares de dólares de publicidade digital de um país estrangeiro, então não era muito forte para começar'. No que toca às negociações de paz, Vance, que se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esta sexta-feira, avisou a Rússia que Washington iria impor sanções a Moscovo caso não concordasse com um acordo de paz com a Ucrânia, encorajando os estados europeus a gastar mais em defesa. 'Embora a administração Trump esteja muito preocupada com a segurança europeia e acredite que podemos chegar a um acordo razoável entre a Rússia e a Ucrânia, também acreditamos que é importante nos próximos anos que a Europa avance em grande medida para garantir a sua própria defesa, a ameaça que mais me preocupa em relação à Europa não é a Rússia, não é a China, não é qualquer outro ator externo', disse Vance.Quarta-feira, Donald Trump anunciou que tinha tido um 'telefonema altamente produtivo' com Vladimir Putin e que tinham concordado em iniciar as negociações, deixando de fora Kiev e os aliados europeus que têm fornecido apoio militar à Ucrânia. No dia seguinte, o republicano disse que as autoridades americanas e russas também se iriam reunir em Munique na sexta-feira e que a Ucrânia seria convidada, mas Kiev disse que não esperava manter conversações com a Rússia na cidade alemã.
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