O Vaticano receberá a partir desta quarta-feira a segunda sessão da 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, com o objetivo de encontrar novas soluções na organização da Igreja. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, participará da assembleia e destaca a importância de gerar um ambiente de discussão sobre a diversidade cultural dentro da Igreja.
O Vaticano acolhe, a partir de quarta-feira, a segunda sessão da 16.ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que desde 2021 tem vindo a mobilizar comunidades católicas de todo o mundo. Um dos 368 participantes com direito a voto é D. José Ornelas, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, convidado desta semana da entrevista Renascença/Eclésia.
O presidente da CEP diz que os “temas que podem ter um carácter fraturante” não assustam e centra o debate sinodal na importância de refletir sobre a identidade própria da Igreja, sobre o seu modo fundamental de estar à escuta de Deus, à escuta uns dos outros."Um dos males da Igreja tantas vezes tem sido esse de não escutar”, sentencia D. José Ornelas.
O relatório da CEP sobre a segunda fase da consulta sinodal lançada pelo Papa apelava a um maior discernimento sobre as questões fraturantes e o papel das mulheres na Igreja. Espera que isso seja feito? O que o Papa diz é que a igreja deve estar numa atitude sinodal, isto não é um evento, um acontecimento que tem um princípio e um fim. A ideia deste sínodo sobre sinodalidade é criar uma igreja que seja sinodal na sua maneira de pensar, de discernir, mas também de agir.
É um ato não só simbólico, é real, de assumir-se como Igreja em caminho. E isso é importante, porque cria também espírito para nos despirmos de preconceitos e de autocentralizações que nos impedem de ver e de escutar aquilo que Deus vai dizendo e vai dizendo também através da Igreja.
É lamentável, sempre, o ter de se repetir coisas. Sabemos tudo o que isso significa para uma pessoa que foi vítima de abusos. Agora, temos também de ter em conta o seguinte: isso refere-se, sobretudo, às pessoas que deram o seu testemunho à Comissão Independente e que não têm os seus dados registados. Não foi a Comissão Independente que procedeu mal ou não teve métodos adequados.
Houve, é natural. O que se fez no primeiro não era possível repetir nos mesmos termos. O que se fez, aqui em Portugal, foi com um grupo. Noutros continentes, houve uma metodologia mais a nível continental. Há alguma coisa que já está a acontecer, penso que na própria reflexão dos programas pastorais que se estão a fazer na Igreja. Aqui na Diocese de Leiria-Fátima, por exemplo, estamos num processo de reconversão pastoral. Nem sequer entrava na equação dedicar horas e horas e horas de reunião com as comunidades paroquiais, vicariais, etc., antes de tomar decisões.
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