O esperado relatório de Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos e antiga presidente socialista do Chile, desvelou perante o mundo aquilo que já quase todos sabiam na Venezuela: a existência de torturas, execuções extrajudiciais e perseguição política
A quarta ronda de negociações entre o chavismo e a oposição, sob os auspícios do Governo da Noruega, concluiu-se esta semana nas ilhas Barbados tendo como principal questão em cima da mesa as eleições presidenciais, um enorme obstáculo para se chegar a algum acordo porque colocaria em perigo a revolução bolivariana no seu pior momento histórico.
Um imenso mapa do horror, até agora desconhecido no continente. Perante semelhante estado de coisas e a descomunal pressão migratória sobre os países do subcontinente, os Estados Unidos, a própria região latino-americana, a Europa e o Canadá apoiam a via negocial de uma forma tão firme que a UE chegou mesmo a adiantar que prepara novas sanções se o diálogo não avançar.
Ambas as delegações regressaram a Caracas para efectuar consultas, dispostas a regressarem a Barbados na segunda-feira. Os bolivarianos procuram o levantamento das sanções, que lhes prejudicaram duramente as finanças, e os democratas umas eleições sem Maduro no poder e com todas as condições democráticas.
Apesar dos obstáculos, que estiveram prestes a paralisar as conversações desta semana, a delegação opositora mostra uma certa esperança, já que se estariam a negociar umas “novas eleições com garantias” para 2020.
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