A associação Zero constatou um “valor verdadeiramente escandaloso” de aterragens e descolagens do aeroporto Humberto Delgado (Portela), em Lisboa. Numa semana (de 7 a 13 de julho) chegaram a registar-se 188 movimentos, mais do dobro do previsto pelo regime de exceção definido para o período entre a meia noite e as seis da manhã. A Zero avançou com queixa na ANAC
Durante a Campanha “Décibeis a mais, o inferno dos céus”, que decorreu entre 5 e 14 de julho, a associação ambientalista ZERO constatou que a ANA aeroportos não está a cumprir a lei no Aeroporto de Lisboa, no que respeita ao limite de voos no período noturno, entre as 24h e as 6h.
O regime de exceção criado em 2004 permite que no período entre a meia-noite e as seis da manhã existam um máximo de 91 movimentos por semana e 26 por dia no aeroporto de Lisboa. Contudo, o número de movimentos registados no site da ANA – Aeroportos de Portugal S. A. , em conjugação com o site Flightradar24.
Também o número máximo de voos neste período noturno ultrapassou o limite de 26 por noite em sete dos 10 dias avaliados. Só na madrugada de 13 de julho foram registados 36 movimentos. Com base nestes dados que considera “verdadeiramente escandalosos”, a ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável enviou já uma queixa à Autoridade Nacional de Aviação Civil , com conhecimento à Inspeção-Geral do Ambiente e à Agência Portuguesa do Ambiente, para que investiguem o que se está a passar.
“Mais do que uma qualquer eventual penalização, que pouco compensa o prejuízo para a saúde de quem reside nas proximidades do aeroporto, a ZERO apela a uma atuação firme da Agência Portuguesa do Ambiente, de modo a garantir o cumprimento integral dos valores da legislação, no que diz respeito ao ruído noturno e também para o total do dia ”, apela a ZERO em comunicado.
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