A Madeira enfrenta uma nova crise política após a aprovação da primeira moção de censura a um governo regional. O Presidente do Governo, Miguel Albuquerque, promete liderar o combate, mas a oposição interna exige eleições no PSD-Madeira.
A sessão plenária encerrou-se com votos de Natal do presidente da Assembleia Legislativa Regional, mas a aprovação da primeira moção de censura a um governo regional da Madeira pintou um ambiente de crise política . Em menos de um ano, a região enfrenta a segunda grave crise política , com o Governo demitido no horizonte. Miguel Albuquerque garantiu que liderará o combate, apesar da oposição interna que exige eleições no PSD- Madeira .
Albuquerque acredita que uma nova eleição regional será inevitável, mas não interna, convencido de que a oposição não levará os madeirenses às urnas tão cedo. Após a dissolução do parlamento regional pelo Presidente da República, as eleições devem acontecer dentro de 60 dias, provavelmente no primeiro trimestre de 2025. Desde 2019, PSD e CDS têm vindo a perder influência na Madeira. Em 2023, Miguel Albuquerque, coligado com o CDS, ficou a um deputado da maioria, numa situação que se tornou frágil. A investigação judicial onde Albuquerque foi arguido agravou ainda mais a situação política. O debate para a queda do Governo focou-se principalmente no argumento de que essa ação seria prejudicial à Madeira, ligando-a à máquina política. A oposição argumentou que a queda do Governo, combinada com o chumbo do Orçamento Regional na semana passada (o primeiro em quase 50 anos de autonomia), coloca em causa projetos importantes, como a construção da terceira fase do Funchal (que deveria iniciar até final do ano, mas agora será adiada para o final do primeiro semestre de 2024) e a unidade de saúde do Porto Santo, já que o concurso de dois milhões de euros não poderá ser lançado. A falta de apoio às empresas no valor de 36 milhões de euros também foi apontada como uma consequência da crise
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