Opinião de Isabel Moreira
O debate sobre a despenalização da eutanásia em circunstâncias especiais que teve lugar no prós e contras na RTP mostrou bem a importância da democracia representativa.
Em primeiro lugar, os defensores do quadro penal atual, que criminaliza qualquer auxílio a quem escolhe abreviar a sua morte numa situação limite, lançam mão de uma fronteira mentirosa, aquela que separaria quem está do lado dos cuidados paliativos e quem está contra os cuidados paliativos. É um traçar de fronteira inadmissível.
Há pessoas que estão em sofrimento extremo, com lesão definitiva ou doença incurável e fatal sem que para elas os cuidados paliativos sejam solução, lá está. Fosse uma, fosse uma única pessoa nessas circunstâncias a dizer na sua autonomia “não quero mais” e cá estaríamos para rejeitar a punição penal de um profissional de saúde que a auxiliasse.
A médica Isabel Galriça Neto, no prós e contras, duvidou que este caso coubesse nos projetos em discussão. Cabe, sim.
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