Os agricultores alentejanos estão a queixar-se de falta de apoios devido aos prejuízos causados pela doença da língua azul, que já provocou a morte de milhares de animais.
A febre catarral ovina, conhecida como doença da língua azul, está a ‘ganhar terreno’ no Alentejo e a dizimar rebanhos, já com milhares de animais mortos, provocando prejuízos aos criadores, que se queixam de falta de apoios.
O dirigente agrícola assinala que este número de cadáveres de animais recolhidos representa “cinco vezes mais do que em igual período do ano passado” e alertou para as proporções que a situação está a ganhar no Alentejo. Com um efetivo de cerca de 650 ovinos, este criador alentejano, em pouco tempo, viu morrerem 30 ovelhas e mais de 100 borregos, que já nasceram mortos ou acabaram por morrer após a nascença, prevendo que ainda morram mais animais.
“Não vacinámos para prevenir, não temos vacina agora e, a somar a estes prejuízos todos incalculáveis, ainda tem que ser o produtor a pagar as vacinas, porque o Estado não financia”, critica.
Lembrando que a época do Natal é propícia à venda de borregos, o responsável deste agrupamento de produtores admite que, este ano, o negócio seja prejudicado, devido ao surto de língua azul.
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