A política parlamentar, ou melhor para lamentar, portuguesa parece ter atingido o grau zero. Em sede de Comissão de inquérito à TAP assisti incrédulo ao mais baixo nível de intervenção política desde que tenho memória, ou seja desde o 25 de Abril de 1974.
O insulto, a insinuação, a mentira, a gritaria, o insulto substituíram completamente a ponderação, a lucidez, a procura da verdade, a dignidade e a retidão que devem caracterizar os nossos representantes. Vejamos alguns exemplos.
Na audição à Chefe de Gabinete do Ministro, que procurou com ponderação, segurança e firmeza responder a todas as questões formuladas, o espetáculo não poderia ser mais vexatório para a dignidade da instituição parlamentar.
Para além da forma, trauliteira, malcriada, em tom de gritaria e pejada de insultos e mentiras, o conteúdo é do mais lamentável que se viu. Vejamos. A defesa do prevaricador e a tese de que o Estado não deve impedir a saída e divulgação de informação classificada é também do mais demagógico. O que diriam se ao invés de recuperar rapidamente o computador os responsáveis deixassem cair em mãos erradas segredos de Estado? Aí sim teriam motivos de crítica e de indignação.
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