“Hong Kong agora permite que organizações criminosas façam o que querem e espanquem pessoas na rua?”, interrogou-se um deputado que estava entre os feridos. Um outro deputado lembrou que “Hong Kong tem um dos rácios polícia-cidadão mais elevados do mundo” antes de perguntar: “Onde estava a polícia?”
Ativistas pró-democracia e deputados em Hong Kong acusaram a polícia de inoperância enquanto homens vestidos de branco atacavam passageiros do metro no domingo.
Horas antes, uma marcha de centenas de milhares de pessoas terminou em confrontos com a polícia, que lançou gás lacrimogéneo e disparou balas de borracha para dispersar os manifestantes.Um vídeo no interior de uma carruagem mostra passageiros a gritarem e a chorarem enquanto tentam proteger-se com guarda-chuvas das investidas de várias homens que, munidos com bastões, os atacavam.
Segundo fonte hospitalar, 45 pessoas, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, ficaram feridas no ataque. Os feridos incluem um homem em estado crítico e quatro homens e uma mulher em estado grave.Na manhã desta segunda-feira, ativistas e dirigentes partidários criticaram a atuação policial.
Ativistas acreditam que já nos protestos pró-democracia de 2014 foram contratados agressores, possivelmente do sul da China, onde é comum as autoridades locais contratarem homens para intimidarem residentes.A polícia, que entrou numa pequena localidade perto da estação de Yuen Long onde grupos de homens vestidos de branco se haviam concentrado na madrugada desta segunda-feira, disse não ter visto quaisquer armas.
Em comunicado, o Governo de Hong Kong confirmou que “algumas pessoas” atacaram passageiros na plataforma da estação e nos compartimentos do metro. “Isso levou a confrontos e a ferimentos. O Executivo condena veementemente qualquer tipo de violência e vai levar a cabo sérias ações de fiscalização”, anunciou.
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