Huawei diz que desafio de 2020 é smartphone sem serviços da Google
A Huawei deixou de ter acesso aos serviços da Google, devido ao bloqueio dos Estados Unidos, mas a gigante tecnológica chinesa tem contornado o cerco norte-americano permitindo soluções alternativas aos consumidores que não querem ficar sem a loja e aplicações fornecidas pela Google.
“A Huawei começou por lançar novos smartphones sem os serviços Google, mas mudámos a nossa estratégia no final de 2019 para acelerar o fornecimento de aplicações e ter uma oferta como a da loja Google ou Apple Store. E, de facto, temos tido bons resultados”, afirma. Os novos produtos da Huawei chegam ao mercado em setembro e, até lá, Yun diz que a fabricante procura ter o maior número de aplicações disponíveis “prontas”.
Shen Yun afirma que “o negócio cresce com base na inovação” e que, por isso, a Huawei tem a solução para todos os cenários. “Os produtos conectáveis são a nossa vantagem”. Yun explica que nos próximos três meses, a Huawei terá “facilidade” em crescer “noutras categorias de consumo”, o que vai ajudar a empresa a “construir um ecossistema mais inteligente, levando os consumidores a procurar” produtos da marca chinesa.
“As sanções dos EUA tiveram impacto no nosso negócio, mas olhando para os números do primeiro trimestre de 2020 – ainda não temos os dados do segundo trimestre –, a Huawei mantém-se a crescer globalmente. As vendas continuam a aumentar, continuamos a inovar, e todas as categorias de consumo nos mostram que os consumidores continuam a confiar em nós. Essa confiança é a nossa prioridade”, reforça.
De acordo com o gestor, no primeiro trimestre, a nível global, a Huawei registou, só na categoria de smartphones, encomendas de 49 milhões de aparelhos, conseguindo uma quota de mercado global de 17,8%, “que subiu para 19% no mês de abril”.
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